Fernanda já havia desistido da aposentadoria outras vezes |
Quatro anos depois de sua última partida oficial, Fernanda Venturini decidiu voltar às quadras. Considerada uma das melhores levantadoras da história do vôlei, a ex-jogadora anunciará nesta terça-feira (17) que defenderá a equipe da Unilever na próxima temporada.
Aos 40 anos, a jogadora, que desde 1999 é casada com Bernardinho, técnico da equipe, aceitou o desafio de disputar a Superliga de vôlei sob o comando do marido e ao lado de jogadoras da nova geração como a oposta Sheilla, da meio-de-rede Juciely e da ponteira Natália, trio com o qual nunca jogou.
As quatro, junto com Mari, Fabi e Valeskinha, fazem da Unilever a equipe mais forte da próxima temporada. O time, sediado no Rio de Janeiro, é o atual campeão e maior vencedor da história do voleibol feminino do Brasil, com um total de sete títulos.
Esta não é a primeira vez que Fernanda deixa a aposentadoria: em 2001, ela deixou as quadras pela primeira vez devido ao nascimento de sua primeira filha, Julia, fruto do relacionamento com Bernardinho. Entretanto, ela voltou pouco depois e participou da Olimpíada de Atenas, quando o Brasil ficou em quarto lugar após a fatídica semifinal onde o Brasil ganhava da Rússia por 24-19 com 2 sets a 1 no placar, mas tomou uma traumática virada.
Após a Superliga 2005/2006, onde conquistou o título, Fernanda se aposentou mais uma vez, mas um ano depois retornou ao vôlei para defender a equipe espanhola do Murcia, onde se sagrou campeã. Em 2008, ela chegou a pedir para o técnico José Roberto Guimarães, seu desafeto, para retornar à seleção brasileira para a disputa da Olimpíada de Pequim, mas não foi aceita. Ainda assim, o Brasil conquistou a medalha de ouro.
A chegada de Fernanda também resolve um problema para a Unilever na montagem de seu elenco para a temporada 2010/2011. Isso porque a CBV (Confederação Brasileira de Vôlei) estipula que cada time só pode atingir 32 pontos entre suas atletas, que são ranqueadas de 1 a 7 de acordo com a sua competitividade no cenário nacional. A Unilever está bem próxima deste limite, mas Venturini valerá zero para o clube porque não jogou nos últimos anos.
A veterana usará a camisa 1, a mesma com a qual começou a jogar. Entre suas principais conquistas estão a medalha de bronze nos Jogos Olímpicos de Atlanta-1996, a prata no Mundial de 1994 e três títulos do Grand Prix (1994, 1996 e 2004). Ela ainda levantou a taça de campeã brasileira em 12 oportunidades.
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