Por GUSTAVO URIBE, estadao.com.br
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, disse hoje que acredita num acordo rápido para a composição da Executiva Nacional do PSDB e se prontificou a trabalhar diretamente para um entendimento. 'O que eu puder fazer para ajudar a amalgamar, unir todo mundo a ter um bom entendimento, eu vou fazer', disse, após participar de comemoração dos 10 anos de operação da fábrica de caminhões da Ford, em São Bernardo do Campo (SP).
O governador avaliou que o PSDB tem 'ótimos nomes' para a secretária-geral do partido. Ao ser perguntado sobre a possível escolha do ex-governador Alberto Goldman, respondeu que considera o nome 'excepcional'. Ontem, em evento na capital paulista, o governador elogiou o nome do tucano para o posto, estratégico na condução da sigla à sucessão presidencial de 2014.
Os tucanos vão para a convenção nacional da legenda, marcada para o dia 28 deste mês, com uma chapa única para a composição do Diretório Nacional do PSDB. Os integrantes da legenda, contudo, ainda costuram um entendimento sobre a formação da Executiva Nacional, que deverá ser comandada pelo atual presidente do PSDB, Sérgio Guerra. A legenda quer evitar uma disputa pela secretária-geral. Os aliados do ex-governador José Serra tem encampado o nome de Alberto Goldman, como forma de equilibrar as forças na instância partidária. A avaliação deles é de que o atual presidente do PSDB seria mais próximo de tucanos ligados ao senador Aécio Neves (MG).
Além do ex-governador, outro nome cotado para o posto é o do atual secretário-geral, o deputado federal Rodrigo de Castro (MG). O parlamentar teria o aval de Aécio. Ontem, o senador mineiro encontrou-se com o governador de São Paulo, no Palácio dos Bandeirantes, para tentar costurar um acordo para a composição da Executiva. Os tucanos que defendem a recondução do atual secretário-geral propõem que Goldman seja indicado para a 1ª vice-presidência, alternativa que não foi bem recebida pelo PSDB em São Paulo.
Palocci
No evento, o governador evitou responder a perguntas sobre a evolução patrimonial do ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci, nos últimos anos. 'Eu não vou me manifestar sobre isso', disse. 'Eu acho que cabe a ele explicar', acrescentou Alckmin.