quinta-feira, 19 de maio de 2011

Vacarezza: Palocci pode ter sofrido quebra ilegal de sigilo


Antonio Palocci. Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Oposição critica rápido enriquecimento do ministro da Casa Civil
Do Terra

O líder do governo na Câmara dos Deputados, Cândido Vaccarezza (PT-SP), saiu em defesa do ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci, nesta quinta-feira. De acordo com o deputado, as novas denúncias envolvendo empresas do ministro podem ter sido descobertas por quebra ilegal do sigilo de Palocci.
"Para ter esse tipo de informação, tem que ter quebra de sigilo. Pode ser que tenha havido quebra de sigilo ilegalmente, mas eu não tenho essa informação. Tem que ver de onde saiu essa informação. Na lei que existe no País, o Palocci cumpriu todas as questões. Até aqui, com todos os dados que temos, não tem nenhum descumprimento legal feito pelo Palocci", afirmou.
Nesta quinta-feira, o jornal O Estado de S.Paulo trouxe novas denúncias a respeito da empresa de Palocci. De acordo com a reportagem, o Conselho de Atividades Financeiras (Coaf), ligado ao Ministério da Fazenda, teria informado à Polícia Federal (PF) sobre "operações financeiras suspeitas" em negócios envolvendo a empresa Projeto, pertencente ao ministro, e outra empresa, que estava sob investigação policial.
Na quarta-feira, o governo conseguiu impedir que Palocci fosse convocado para dar explicações sobre sua evolução patrimonial - aumento de 20 vezes em quatro anos - na Câmara. Nesta semana, partidos da oposição pediram informações à Coaf sobre o assunto e requisitaram investigação por parte do Ministério Público.
Vaccarezza desqualificou a tentativa da oposição de ouvir as explicações do ministro. "O que interessa à oposição é criar problema para o governo. Se nós concordássemos que ele fosse convocado no plenário, a oposição não estaria satisfeita. A oposição não queria acalmar os ânimos. Se fosse pra isso, não teria requerimento para convocá-lo numa sessão para falar de Código Florestal, na outra para falar de denúncias. Tem oito requerimentos em comissões e três em plenário, sendo um só para marcar uma sessão para discutir o Palocci. Nunca vi uma sessão especial só para discutir uma pessoa, nem no impeachment do Collor", argumentou.

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