quinta-feira, 26 de maio de 2011

Tentativa de golpe contra Dilma Rousseff

Da Coluna do Esmael Morais

O ex-presidente Lula reuniu-se com os senadores da base na terça, em Brasília, com o intuito de reforçar a defesa do governo que o sucedeu. Sente-se sócio do atual. Oficialmente o encontro teve como pauta principal a reforma política, mas a ofensiva da oposição contra o ministro da Casa Civil, Antonio Palocci, dominou na ocasião as rodas de conversa.
Lula formou convicção de que o alvo principal dos oposicionistas é a presidenta Dilma Rousseff, que Palocci é apenas uma isca na tentativa de fisgar e desestabilizar o governo como um todo. Mais: o ex-presidente vê o dedo do PSDB nas denúncias contra o ministro, amplificadas pela velha mídia.

O ex-presidente sabe do que está falando. Ele mesmo sentiu na pele uma campanha odiosa parecida, em 2005, pelo denuncismo convencionado pela velha mídia de “mensalão”. Na época, a oposição mirou no ministro José Dirceu com o objetivo de acertar a cabeça de Lula. Chegou-se a cogitar o impeachment, inclusive, mas a sociedade civil organizada saiu em defesa do presidente e acuou a tentativa de golpe.

Os golpistas mudam de tática conforme a música. No início do governo tentaram fabricar um fosso entre Lula e Dilma, no entanto, não obtiveram sucesso. Nenhum dos dois [Lula e Dilma] pisou na casca de banana. Como a manobra saiu pela culatra, a velha mídia partiu para cima de Palocci. As manchetes de jornais e telejornais, macaqueadas em portais e demais órgãos de imprensa associados ao Partido da Imprensa Golpista (PIG), dão-nos a dimensão exata do tamanho da guerra ideológica que atualmente está sendo travada no país.

O diabo é que, a exemplo do que já ocorreu no embate do “mensalão”, parte de setores progressistas estão caindo no conto do vigário reverberando a campanha anti-Dilma. Palocci e o governo têm seus pecados, mas daí fazer coro com o golpismo em curso é demais da conta.

Código Florestal, “kit gay” e enriquecimento de Palocci são apenas adereços numa trama política que apenas começou. A questão central é bem outra. Atende pelo nome de Dilma. A batalha promete ser renhida.

Nenhum comentário:

Postar um comentário