O PPS pediu formalmente ao Ministério Público (MP) a abertura de investigação sobre suposta prática de crime do ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci, diante do crescimento de seu patrimônio pessoal. Reportagem publicada pelo jornal Folha de S.Paulo revelou que Palocci comprou um apartamento de R$ 6,6 milhões, no ano passado, e um escritório de R$ 882 mil, em 2006, ambos em São Paulo, por meio da empresa Projeto, da qual detém 99,9% do capital.
O patrimônio do ministro, segundo a reportagem, cresceu 20 vezes em apenas quatro anos, período em que Palocci exercia cargo de deputado federal e recebeu salários que somavam R$ 974 mil. Palocci afirma que os imóveis foram adquiridos com recursos que sua empresa Projeto recebeu no período em que trabalhou com consultoria, quando ele exercia o mandato de deputado federal.
'Para afastar qualquer dúvida sobre a retidão e a lisura do comportamento de um importante Ministro de Estado, seria necessário que a Procuradoria-Geral da República abrisse uma investigação - talvez com o auxílio da Polícia Federal, para investigar os fatos aqui relacionados', afirma o líder do PPS na Câmara, Rubens Bueno (PR), na representação.
O documento sugere que a empresa de Palocci aparentemente 'esteja sendo utilizada como um mero anteparo para escamotear o crescimento vertiginoso' do patrimônio pessoal do ministro-chefe da Casa Civil e pergunta quais eram os clientes, os serviços de consultoria prestados e o faturamento da empresa.
'Se o ministro detinha 99,9% do capital social, porque ele não optou por fazer a retirada de lucro e registrar os imóveis em seu próprio nome, ou seja, como pessoa física? Como o Ministro encontrava tempo para administrar a empresa, se exercia o mandato de deputado federal e seu sócio minoritário reside nos Estados Unidos?', questiona o texto da representação.
'Como se vê, muitas dúvidas permanecem, posto que tais questões não foram devidamente esclarecidas pela reportagem. É possível que, por trás dessas dúvidas, exista a prática de algum (ou de alguns) crime(s) contra a administração pública', afirma o documento.
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