sexta-feira, 20 de maio de 2011

PSDB vai pedir CPI mista para apurar enriquecimento de Palocci

Do Uol Notícias

 O líder do PSDB na Câmara dos Deputados, Duarte Nogueira (SP), começou nesta sexta-feira (20) a recolher assinaturas para protocolar o requerimento de criação da CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) no Congresso Nacional para investigar as denúncias de enriquecimento do ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci.
Segundo Nogueira, ele já conta com o apoio de lideranças do partido como o presidente da legenda e deputado federal Sérgio Guerra (PE) e do líder dos tucanos no Senado, Alvaro Dias (PR).
A expectativa do partido é de ter até terça-feira (24) o mínimo das assinaturas necessárias para protocolar o requerimento, que são o equivalente a um terço dos parlamentares de cada Casa, ou seja,  27 no Senado mais 171 na Câmara.

Outras tentativas

Em paralelo, os demais partidos da oposição também estão fechando o cerco em torno do ex-deputado federal para saber como foi possível aumentar seu patrimônio em 20 vezes em quatro anos, segundo mostrou reportagem da Folha S. Paulo.

O DEM protocolou nesta quinta-feira (19) uma PFC (Proposta de Fiscalização e Controle) em cinco comissões permanentes diferentes, uma espécie de “mini-CPIs” (Comissões Parlamentares de Inquérito) para investigá-lo.

Além das PFCs, há pedidos de investigação em, pelo menos, mais oito comissões permanentes na Cãmara;

Em outra ponta, o PPS pediu na última terça-feira (17) à PGR (Procuradoria Geral da República) a abertura imediata de investigação sobre o ministro.
Envolvido em denúncias de ter aumentado em 20 vezes o seu patrimônio entre 2006 e 2010, o ministro da Casa Civil, Antonio Palocci, argumentou que ex-ministros "valem muito no mercado". O crescimento de seu patrimônio foi observado após Palocci deixar o governo Lula, do qual foi ministro da Fazenda.

Em mensagem enviada na terça-feira a deputados e senadores, a Casa Civil justificou o aumento do patrimônio de Palocci lembrando ex-ministros da Fazenda e ex-presidentes do Banco Central que se tornaram "banqueiros" e "consultores de prestígio" depois de passar pelo governo. O texto diz que a passagem por esses cargos proporciona "uma experiência única que dá enorme valor a esses profissionais no mercado", na tentativa de mostrar que o caso de Palocci não é incomum.

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