quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Araruna: um celeiro de empregos

Do iTribuna
Monumento mede mais de 12 metros e pesa 18,5 toneladas

Um celeiro de empregos. Assim pode ser definida a pacata Araruna, distante 19 quilômetros de Campo Mourão. O município completou ontem, 57 anos de existência com muito a comemorar, pois se diferencia da maioria das cidades da região, quando o assunto é emprego. Enquanto seus vizinhos exportam trabalhadores, Araruna importa mão de obra. São pessoas de diversas cidades, que fazem trajetos diários em ônibus para trabalhar nas indústrias. “Araruna é uma cidade muito promissora. Gera muitos empregos. Não poderia ser melhor”, destaca o prefeito Mino Bonato (PSDB) à TRIBUNA.
Araruna possui 13.640 habitantes, de acordo com o último censo do IBGE. Segundo informações, a cidade consegue absorver 92% da mão de obra da população economicamente ativa, maior de 16 anos. O município é classificado como de pequeno porte, contudo se destaca no setor industrial, principal fonte geradora de receita e empregos.
iTribuna
Cidade possui 52 indústrias de diversos segmentos
As indústrias são responsáveis pela empregabilidade de 39% da população considerada economicamente ativa. Em segundo lugar destaca-se o comércio responsável pela contratação de 35%, e em terceiro a produção primária, em destaque a agricultura, responsável por 26% da população. As atividades pioneiras no município é a produção alimentícia – principalmente os derivados de mandioca – e de produção moveleira. Esses dois ramos continuam sendo os que mais geram empregos. O município é o único da região que a arrecadação industrial supera a dos setores primário e terciário.
Atualmente, estão instaladas na cidade, 52 indústrias de diversos segmentos, a maioria, genuinamente ararunense. Juntas, geram mais de seis mil vagas diretas de empregos. De acordo com Mino, somente da região, Araruna emprega mais de 1 mil pessoas. “Várias indústrias trazem trabalhadores de fora. Tem gente de todos os municípios que trabalham aqui. Farol, Luiziana, Campo Mourão, Iretama, Roncador, Mamborê, entre outros”, enfatiza o prefeito, acrescentando que a cidade tornou-se regionalmente conhecida pela geração de empregos.
Festa de aniversário
Em comemoração aos 57 anos, Araruna realizou cinco dias de festas à população. A programação foi encerrada ontem, com “chave de ouro”, segundo o prefeito. “A festa foi muito boa. Não é o prefeito que está dizendo isso, é a população. O povo participou.” Mino estima que mais de 15 mil pessoas tenham participado das festividades. Segundo ele, somente o show da dupla sertaneja, Mato Gorro e Matias, na segunda-feira, reuniu mais de 10 mil pessoas.
Arara ‘gigante’ enfeita a entrada da cidade 
Como parte da programação de aniversário de Araruna, o prefeito Mino presenteou o município com uma obra bastante inusitada:  uma arara azul com mais de 12 metros de comprimento. O monumento pesa 18,5 toneladas e enfeita a entrada do município. A estátua foi instalada com a ajuda de um guincho. O portal, aliás, tornou-se atração na cidade. Inúmeras pessoas que passam pelo local fazem parada para retirar fotografias. “Esta arara foi uma aventura nossa”, resume Mino.
A escultura foi criada por um artista plástico de Campo Grande (MS) e custou ao município cerca de R$ 30 mil. De acordo com o prefeito, foram três meses de trabalhos. A obra está entre as maiores já construídas no Brasil. De uma asa a outra, mede em média 14 metros de envergadura e do bico ao rabo são 12,5 metros.
A reportagem conversou com artista plástico Levi Batista. Autodidata, ele foi o criador da obra. O artista comenta que já realizou mais de 100 trabalhos em diversas regiões do Brasil. O monumento de Araruna, segundo ele, é a sua maior obra já realizada. A arara foi construída em cimento maciço e ferros. A base que sustenta a escultura também é em cimento para suportar o peso. Segundo batista, foram utilizadas 75 sacas de cimento, mais de 60 barras de ferro, e cerca de 360 litros de tinta para a pintura da escultura. “O trabalho valeu a pena”, disse Batista orgulhoso.

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