sexta-feira, 17 de junho de 2011

Brasil pode ser potência agrícola e ambiental, diz Dilma

Presidente participou hoje de evento com empresários do agronegócio



A presidente Dilma Rousseff defendeu nesta sexta-feira (17) que o Brasil pode combinar desenvolvimento agrícola com proteção ambiental, em meio a temores com o aumento do desmatamento diante do texto do Código Florestal aprovado na Câmara e que agora está no Senado.
- Não há contradição, nem pode haver, num país que quer ser potência agrícola, ele tem de ser também potência ambiental.
Dilma participou hoje do lançamento do Plano Agrícola e Pecuário 2011/12 em Ribeirão Preto (SP), evento acompanhado especialmente, por empresários do agronegócio.
- Nós não somos a favor de desmatamento, não vamos compactuar com o desmatamento, e achamos que a agricultura nem a pecuária precisam disso.
Críticos do texto do novo Código Florestal aprovado na Câmara Deputados em maio afirmam que ele anistia desmatadores e pode incentivar a destruição da floresta.
Dilma já afirmou que vetará qualquer trecho do código que considere prejudicial ao país.
O plano lançado pelo governo - que destinará R$ 107,2 bilhões em financiamento para a agricultura empresarial - prevê R$ 3,15 bilhões para produtores que investirem em técnicas de maior produtividade no campo com redução da emissão de gases do efeito estufa.
- É possível ter compromisso com o meio ambiente e, ao mesmo tempo, ter um compromisso absolutamente inarredável com a agricultura e a pecuária.
Dilma citou o Brasil como uma potência na produção de alimentos e defendeu a necessidade de maior produção com menor uso de terra. Ao destacar a defesa ambiental, criticou outros países que alegam que o Brasil estaria desmatando a favor da agropecuária.
- Aqueles que nos apontam muitas vezes tentando uma competição desleal... nos apontam o dedo, "vocês estão desmatando a Amazônia e produzindo cana-de-açúcar", são aqueles que tentam essa forma de competição desleal.
O plano destina ainda uma linha de crédito para financiamento da renovação e ampliação dos canaviais brasileiros. A medida é para atender a demanda crescente por etanol, com o avanço dos veículos flex, e permitir estabilidade dos preços do combustível.
Dilma disse que a medida é "essencial para o país não perder sua posição em relação ao etanol". O Brasil é o segundo maior produtor de etanol do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos, que produzem o combustível a partir do milho.
 Do R7

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