terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Regina Dubay denuncia “armação política” do Palácio Iguaçu contra Gleisi Hoffmann

Regina Dubay (PR) é prefeita do município de Campo Mourão, região Centro-Oeste do Paraná. Primeira mulher a governar a cidade, nas eleições de 2012 ela derrotou no “olho clínico” o ex-prefeito Taulio Tezelli (PPS) — compadre do líder do PPS na Câmara, deputado Rubens Bueno, o homem do “voto limpo”.
Prefeita de Campo Mourão, Regina Dubay, enxergou em denúncias contra sua gestão um "plano diabólico" orquestrado pelo Palácio Iguaçu para atingir a candidatura da senadora Gleisi Hoffmann ao governo do Paraná; segundo Regina, triangulação envolveria PSDB, Solidariedade e PPS; "Por que o Gaeco não agiu com a mesma vontade em relação à denúncia de propina de R$ 500 mil para Pepe Richa, o irmão do governador?”, indaga a prefeita aliada da senadora petista, que ainda vê “sexismo” dos coronéis mourãoenses que pela primeira vez perderam as eleições de 2012 para uma mulher; em nota oficial, Regina Dubay nega todas as acusações feitas pela velha mídia, anuncia instauração de sindicância interna, se coloca à disposição do próprio Gaeco, mas afirmou que “espero pela averiguação da verdade dos fatos pela Justiça”.
A prefeita foi eleita com apoio da então ministra-chefe da Casa Civil, agora senadora Gleisi Hoffmann (PT), e do senador Roberto Requião (PMDB).
Pois bem, Regina, uma pedagoga de 45 anos, começou fevereiro dentro de um verdadeiro turbilhão. Denúncias na velha mídia apontando a existência de uma “quadrilha” agindo na Prefeitura mourãoense a pegou de surpresa. Em um primeiro momento, atônita, chorou. No segundo, determinou rigor na apuração dos fatos. Por último, foi atrás das digitais do ataque à sua administração.
Regina Dubay enxergou dedo do Palácio Iguaçu, sede do governo estadual, na “armação” triangulada pelo PSDB, Solidariedade e PPS para tirá-la do cargo. A prefeita vê sexismo na ação dessas forças políticas, pois, além de atingir a ela própria, as denúncias visam macular a imagem da senadora Gleisi Hoffmann — de quem é coordenadora da pré-campanha ao governo do Paraná.
“Por que o Gaeco não agiu com a mesma vontade em relação à denúncia de propina de R$ 500 mil para Pepe Richa, o irmão do governador, conforme denúncia da revista IstoÉ? Ninguém viu a mesma destreza dos agentes no caso do secretário da Infraestrutura”, comparou prefeita.
Apesar da forte crítica ao Gaeco, Regina se coloca à disposição do órgão e da Justiça para provar a “armação política” contra sua gestão na Prefeitura de Campo Mourão. “Os coronéis da cidade ainda não se conformam de terem perdido a eleição para uma mulher. Eles têm uma visão sexista do mundo, machista”, dispara.
A prefeita Regina Dubay diz que tem mais um motivo para acreditar numa “armação política” para desestabilizá-la, pois, segundo ela, seu vice e principal conspirador, Rodrigo Salvadori, é mesmo partido do deputado Fernando Francischini – o Solidariedade (SDD).
A seguir, leia a íntegra da nota oficial da prefeita Regina Dubay:
Nota Oficial
Diante dos fatos acontecidos envolvendo servidor da Secretaria da Saúde, e surpreendida pela notícia de que o vice-prefeito Rodrigo Salvadori entregou pedido de exoneração do cargo de secretário de Desenvolvimento Econômico, e ainda pensando no povo de Campo Mourão e no trabalho que estamos fazendo para o desenvolvimento de nossa cidade,
Venho de público esclarecer:
-Quanto ao delito penal que querem impor aos servidores desta administração sobre fatos ocorridos na Secretaria da Saúde e que culminaram com a prisão de um servidor: ainda não tomei conhecimento total do processo que está na Gaeco, mas desde quarta-feira já nos colocamos à disposição para colaborar a ajudar no esclarecimento dos fatos ocorridos e pronta a tomar as medidas que se façam justas para estabelecer a verdade e a ordem. Até o momento temos apenas as informações obtidas através da imprensa. Mesmo assim, já determinei a Procuradoria Geral do Município que acompanhe pessoalmente todo procedimento junto a Gaeco e instaure imediatamente uma sindicância para apurar os fatos noticiados. Estamos a total disposição da justiça para prestar esclarecimentos ou apresentar as informações e documentos solicitados para elucidar o mais breve possível este incidente.
-Não me omiti das minhas funções em momento algum e tenho cumprido minha agenda de trabalho como espera o povo Mourãoense que me elegeu. Estive, na quinta-feira e sexta-feira em Curitiba com reuniões no Detran e DNIT, no sábado entreguei ambulâncias na cidade, e viajo para Brasília neste começo da semana com agenda importante no Ministério das Cidades, tratando de projetos de moradias, entre outros compromissos com o Governo Federal agendados desde o final de 2013.
-Nunca fui procurada por nenhum funcionário reclamando ou denunciando a prática de recolhimento de dinheiro dos cargos comissionados na prefeitura, muito menos por meu vice-prefeito.
-Quanto à atitude do vice e ex-secretário Rodrigo Salvadori, afirmo que me senti traída e desrespeitada. Respeito a decisão que ele tomou, mas não concordo com a forma nem com as suas justificativas. Ele me devia, no mínimo respeito e lealdade ao anunciar sua saída do Governo, antes fazer isso diretamente nos órgãos de comunicação. Fomos eleitos para enfrentar todas as dificuldades e colher os frutos para o desenvolvimento da cidade, e não para fugir de problemas aliando-se aos que demonstraram que tem com o claro intuito de criar instabilidade no governo e na administração da cidade.
-Também considero ainda irresponsável e inconsequente querer induzir a população através da imprensa a acreditar que no alto escalão da Prefeitura estejam “quadrilheiros”, e pergunto: Então os demais que trabalham, mesmo os que ele tem citado como de sua confiança, também são quadrilheiros? Não aceito as suas suposições porque sou honesta e trabalho incansavelmente pela cidade desde o dia que tomei posse, e não aceitarei esse sinônimo proposto por pessoas maldosas.
- Vem acontecendo uma série de ataques à nossa administração. As pessoas de bem e inteligentes sabem que tudo isso está sendo armado e orquestrado por uma meia dúzia de pessoas agindo em interesse próprio. Sugiro que os que desejam tanto a cadeira de prefeita que façam por merecer no voto, através das eleições e provem para a população que são os merecedores do cargo.
Estou tranquila, forte e determinada em continuar trabalhando por Campo Mourão. Se a intenção é me desestabilizar, então o efeito está sendo ao contrário, pois estou ainda mais disposta a trabalhar pelo nosso município. Na minha opinião as ações desses que me atacam são de cunho político. E mostra que minha administração está no caminho certo.
Espero pela averiguação da verdade dos fatos pela Justiça.
Regina Dubay
Prefeita de Campo Mourão
Matéria reproduzida do BLOG DO ESMAEL

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