sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

C.Mourão: "Santa Casa não é lugar de política", diz Marla


A deputada estadual, Marla Tureck (PSD), afirmou ontem à reportagem da TRIBUNA, que a Santa Casa de Campo Mourão chegou ao ponto de fechar o pronto atendimento, porque o hospital estava sendo utilizado como trampolim político. O serviço de Urgência e Emergência do Sistema Único de Saúde (SUS) na unidade hospitalar, por diversas vezes, desde a implantação, tem passado por crises. A exemplo, o serviço foi suspenso em novembro do ano passado e só volta a funcionar a partir de fevereiro. Isso somente após a vinda do secretário estadual da Saúde, Michelle Caputo Neto, na quarta-feira a Campo Mourão para resolver o impasse. O ex-presidente, Elmo Linhares deixou de prestar o serviço alegando falta de recursos.
Walter Pereira/Tribuna do Interior
Marla Tureck diz que presidência da Santa Casa presica ser neutra
“Vou ser muito sincera: a Santa Casa de Campo Mourão tem uma situação que me indigna muito quando é usada para trampolim político. Já foi utilizada para angariar votos e denegrir a imagem de outras pessoas de outro grupo. E isso tira a credibilidade porque até mesmo os médicos ficam com medo de trabalhar. É preciso neutralidade e bom senso”, criticou a deputada.
Na quarta-feira, durante reunião entre a prefeita Regina Dubay (PR), Caputo, e autoridades políticas locais, ficou definido que o pronto atendimento volte a funcionar no início de fevereiro. Durante a reunião, ficou decidida também a criação de uma comissão, que fará durante 30 dias, o diagnóstico de gastos do pronto atendimento. O grupo será formado por representantes da prefeitura, Câmara de Vereadores, conselho municipal da Saúde, direção e corpo clínico da Santa Casa, e secretaria de estado da Saúde, que indicará técnicos para o levantamento dos gastos.
Marla afirmou que estará atenta a continuidade do serviço no hospital. Segundo ela, o HSC deve ter uma administração neutra, que respeite todas as ideologia políticas. “Enquanto tiver mesquinharia de se usar nossa Santa Casa politicamente não tem dinheiro que faça ela funcionar”, ressaltou. Ela acrescentou  que como se trata de investimentos públicos, é necessário haver transparência na aplicação dos recursos. “Tem que ser feita a coisa correta. É necessário mais recursos? Talvez seja, mas desde que tenha organização e que cada um ceda na medida do possível”, observou.
Bandeira para 2013
A deputada falou também sobre seus projetos para este ano. Entre suas prioridades, está a aprovação, na Assembleia, de um programa estadual de proteção a mulher. O projeto, que tramita há pouco mais de um ano e meio envolve a mulher em vários quesitos, entre eles, Ação Social, Cidadania e Justiça, Desenvolvimento Econômico, Agricultura, e Educação. “Por ser um projeto amplo precisou de muitos estudos, passou por diversas secretarias e em diligências dos próprios deputados para entenderem como funcionaria. Tenho a meta para que não passe deste ano a discussão, aprovação e sanção deste projeto”, falou.
Reforma política
Marla comentou também sobre a reforma política que Beto Richa (PSDB), vem promovendo em seu governo. Ela ressaltou que as mudanças vêm sendo feitas com muita cautela. “O Governo percebeu que realmente existe alguns pontos que necessitam de uma reforma”, ressaltou.
De acordo com a deputada, que é também coordenadora do PSD na região, o fato de Reinhold Stephanes, que pertence ao mesmo partido dela, ter aceitado o convite de Richa para assumir a Casa Civil do Estado, demonstra a “potência política” da sigla. “Nos sentimos honrados e percebemos o valor que temos. Hoje o PSD é no Paraná o quarto maior partido em número de vereadores e prefeitos eleitos”, afirmou. “O Beto Richa percebeu esta potência política”, emendou.
Dentro das mudanças no Governo Marla acredita também na possibilidade de mudanças nas chefias regionais. E caso isso aconteça, a deputada informou que o partido tem nomes a indicar. “Eu sempre tive estes nomes”, afirmou.
Reeleição
Caminhando para o terceiro ano de mandato, Marla falou que pretende ir para a reeleição em 2014. Segundo ela, o momento está sendo de fortalecer o partido. “Percebi que isso é natural. Mas é algo que ainda tem que ser trabalhado. E estamos fazendo os trabalhos na medida do possível nos municípios”, enfatizou.
Via/itribuna.com

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