terça-feira, 22 de novembro de 2011

Conselho de Ética da Câmara arquiva processos contra Derosso

Pedidos de afastamento de João Cláudio Derosso e de investigação sobre o jornal Câmara em Ação não vão mais tramitar no conselho. A decisão ocorreu um dia após o próprio Derosso pedir afastamento

Conselho de Ética da Câmara Municipal de Curitiba arquivou o pedido de afastamento do presidente da Casa, João Cláudio Derosso (PSDB), e o de investigação sobre o jornal Câmara em Ação, que poderia ser uma publicação fantasma. A decisão foi tomada na reunião do grupo na manhã desta terça-feira. Com isso, os processos não podem voltar a tramitar no conselho. A decisão ocorreu um dia após Derosso pedir, por conta própria,o afastamento da função de vereador
Para a vereadora Noêmia Rocha (PMDB), que faz parte do conselho e participou das duas comissões que arquivaram os pedidos, a decisão foi lamentável. “O conselho poderia ter feito um bom papel, continuar o seu trabalho e fazer mais investigações, até por causa dos novos apontamentos do Ministério Público. É lamentável”, afirma.
Segundo a vereadora, qualquer parlamentar da casa pode solicitar até 120 dias de afastamento e seria fundamental que o conselho se posicionasse em relação às denúncias feitas contra Derosso. Ainda de acordo com Noêmia, o processo de investigação do jornal foi arquivado porque os vereadores que analisaram o processo acreditaram ter informações suficientes sobre a existência da publicação.
Para ela, essas decisões revelam uma deficiência no regimento interno do conselho. Apesar de ser formado pro cinco vereadores – atualmente é presidida por Francisco Garcez (PSDB) e conta, além de Noêmia, com Dirceu Moreira (PSL), Jorge Yamawaki (PSDB) e Pastor Valdemir Soares (PRB) e suplentes –, apenas três vereadores têm voto para analisar as proposições. Como cada caso é analisado por uma comissão, formada por três parlamentares, apenas esses podem decidir sobre o assunto.
O Conselho ainda deve analisar duas representações de nepotismo cruzado – contra Derosso e a vereador Renata Bueno (PPS) – e uma contra a vereadora Professora Josete (PT), acusada de usar o aparato da câmara para impressão de folhetos que pediam o afastamento de Derosso.
Da Gazeta Do povo

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